Artigos | 22/11/16
A logística é uma ciência milenar, praticada pelos comandantes de exércitos, fazendo o diferencial nas campanhas vitoriosas. Somente chegou ao ambiente civil após a 2a. GG, nos rastros do baby-boom e da explosão de consumo que a sucederam. Junto com o aumento de demanda sobreveio um novo problema: como administrar estoques crescentes.
VerticalizaçãoCom o movimento crescente, os custos de terrenos, tanto nas regiões de polos de transporte, como os oferecidos em distritos industriais, começaram a disparar, o que criou uma concorrência entre empresas cujos mercados em tese nem conflitavam. Logo, ficou claro que, se já não era viável crescer para os lados, a saída seria crescer na vertical. A Movimentação de Cargas intra-indústria passou a fazer parte do repertório logístico.
EmpilhamentoOutra novidade que a 2a. GG trouxe foram as empilhadeiras. Usadas inicialmente pelas forças armadas, ganharam impulso de demanda no período de relativa paz que se seguiu.
PaletizaçãoEsta técnica tornou-se crucial para a Movimentação de Cargas. Trata-se de uma arte que possibilita fazer a transição entre a movimentação humana, correspondente no máximo a algumas dezenas de quilogramas, para lotes administráveis com o auxílio de equipamentos motorizados. O segredo foi definir peso e volume de lotes que justificassem deslocamento conjunto, seja pela demanda do cliente, seja pela demanda regional. O passo seguinte foi definir o tamanho da embalagem para transporte: volume e peso; sabidos estes dados, as embalagens para transporte foram modificadas para admitir empilhamento, trazendo impressas, além da identificação do produto, as recomendações de máximo empilhamento seguro. Chega então a hora de definir o perímetro e a altura do palete, que façam sentido com a capacidade de elevação e o garfo da empilhadeira, com a demanda regional e periódica, etc..
Empilhadeira manualDimensionada para cargas até 1,5 t, a empilhadeira VONDER oferece elevação máxima, em relação ao solo, de 1,6 m, o que viabiliza, conforme a "densidade" média de um palete, de uma estrutura de acomodação de paletes estimada em até 3 "andares", embora este número não seja impeditivo de alternativas diferentes. Esta proposta triplicaria a capacidade de armazenagem de uma área de almoxarifado. A empilhadeira manual não gera emissões, nem calor, tampouco necessita de recarga ou cartucho de bateria extra: basta observar o nível mínimo do fluido hidráulico e, anualmente, substituí-lo na íntegra.
Porta-paleteOutra alternativa para a Movimentação de Cargas é o porta-palete. Operando ao nível do solo, representa um investimento menor que as empilhadeiras, demandam mão-de-obra menos qualificada, além de oferecer limite de carga superior. Com isso, é possível escalonar as cargas mais pesadas para armazenagem ao nível do solo. Além disso, os porta-paletes possibilitam otimizar a ocupação das empilhadeiras, que podem praticamente se limitar à elevação, deixando o transporte horizontal para os porta-paletes.