Artigos | 21/11/16
O conceito da produção em massa nasceu com a Revolução Industrial, em substituição ao trabalho artesanal. Desde o início, problemas de manutenção da saúde têm se manifestado, seja devido à presença de partículas em suspensão ou vapores de produtos químicos, colocando em risco a integridade física dos profissionais, entre outros fatores. Os incidentes e acidentes têm se mostrado ruins não apenas para os diretamente envolvidos, mas também para o negócio, para o moral dos colaboradores e para a apreciação da empresa junto ao mercado.
Instalações mais seguras têm se revertido em favor da segurança coletiva. O que não impede que certas condições exijam proteção individual. Séculos de operação e de expansões tecnológicas resultaram em uma profusão de Equipamentos de Proteção Individual, abreviados como EPIs.
Luvas
O trabalho manual foi o grande diferencial da espécie humana, motivo pelo qual são as mãos uma das partes mais expostas ao ambiente industrial.
Além das variantes de tamanho e cor, as luvas podem ser de raspa de couro, de látex, de polietileno, de tecido, de borracha isolante de tensões elevadas, entre outros tipos (ver o catálogo VONDER). As luvas protegem contra produtos químicos, ambientes aquecidos ou refrigerados, tensões elétricas, impactos, bordas cortantes ou perfurantes, produtos abrasivos, contaminantes ou insalubridades. Geralmente luvas específicas visam uma dessas situações, raramente mais de uma.
Botas
O uso de botas segue as tendências de vestimentas corriqueiras: geralmente, calçados são parte obrigatória de qualquer vestimenta ou uniforme. Os calçados devem proteger durante a caminhada ou a vigilância em pé. O agravante em relação às luvas é que alternadamente sustentam a totalidade do peso do profissional, devendo proteger as plantas dos pés contra irregularidades do terreno ou piso, estilhaços e resíduos de produção, produtos químicos vazados ou condensados, encharcamentos e evitar derrapagens ou tropeços. Outro agravante é que a altura de manipulação em serviço pode variar de 70 cm a 1 metro: um item que caia de uma altura dessa ordem deve ter sua energia absorvida por botas de segurança, protegendo os dedos e todo o pé. Considerando que está sujeito a permanecer calçado por períodos mínimos de 10 horas, botas industriais devem ser principalmente confortáveis. As botas adequadas e o tamanho correto podem ser escolhidos no catálogo VONDER.
Aventais
Estes equipamentos visam a princípio preservar roupas originalmente usadas pelos colaboradores, além de conferir um aspecto mais profissional. Quando se trata de proteção, esta pode englobar poeira, limalha, serragem, produtos químicos, farpas metálicas e rebarbas, podendo culminar em respingos de metal aquecido ou em brasa. Cada caso implica um tipo de tecido ou composição, formato e abrangência (comprimento, tamanho de mangas, etc.).
Abafadores de ruídos (Protetores auriculares)
A audição é um sentido a ser preservado, sob risco de perda de qualidade de vida e convívio social. A perda de audição é incapacitante e considerada uma das doenças adquiridas por falta de cuidados durante atividades profissionais. Desconsiderados efeitos de idade, perdas auditivas resultam de exposição a níveis de ruído elevados por períodos prolongados. O estudo do desempenho e da deterioração do ouvido humano resultou um limiar de tolerância e recuperação total para exposições contínuas limitadas à intensidade de 85 dBA durante período máximo de 8 horas diárias. Acima desta, tornam-se essenciais períodos de descanso da exposição: maior o nível de ruído, menor o período de tolerância, maior o período de descanso.
O uso de protetores possibilita preservar a sensibilidade, além de estender o período de tolerância ao ruído. De qualquer modo, existem ocupações, como as relacionadas a turbinas aeronáuticas, às quais é impossível se expor, durante um segundo sequer, sem protetores auditivos, sob risco de perda auditiva permanente.
Os protetores auriculares recebem classificação por índice de atenuação, expresso em dBA. Protetores auriculares podem ser intra-auriculares, e extra-auriculares. De fato, o uso dos dois tipos de protetor não é conflitante em termos mecânicos: o uso dos dois EPIs possibilita somar os fatores de atenuação.
A escolha do protetor auricular é um procedimento tecnicamente embasado: é essencial a obtenção de um documento denominado PPRA (Plano de Prevenção de Riscos Ambientais), que entre outros fatores, deve identificar os níveis de ruído de cada local de uma empresa, expressos em dBA. Essa medição é feita com decibelímetro: o tipo e a atenuação do protetor auricular deve trazer o nível de ruído ao limite de 80 dBA.