Trata-se de equipamentos motorizados, a princípio substituindo equivalentes acionados manualmente, sejam furadeiras, serras, lixadeiras, politrizes, entre outras. As primeiras ferramentas motorizadas surgiram em 1889 , mas a expansão de uso somente ocorreu em 1917. O conceito consiste de uma relação de compromisso entre o peso do motor elétrico dedicado à tarefa. A potência do motor deve viabilizar a conexão com a rede elétrica e o torque tem de bastar para deslocar a ferramenta associada ao eixo, porém com reduzido ou nenhum risco de ocasionar ferimentos ou contusões ao operador, nem mesmo desequilibrá-lo durante o uso. Evidentemente, o porte da ferramenta deve atender a uma gama de biótipos e a ambos os gêneros, entre outros fatores fisiológicos.
O resultado do surgimento das ferramentas elétricas portáteis foi um enorme aumento de produtividade e uma notável redução da fadiga proveniente dos trabalhos correlatos.
Aproveitamento de rotação
Essencial para furação, o movimento rotativo veio ao encontro de outros tipos de tarefas: é o caso das politrizes rotativas, cuja função se baseia em movimentos circulares. Já o lixamento, geralmente baseado em movimentos retilíneos, evoluiu para
lixadeiras rotativas, assim como orbitais e retilíneas, todas presentes no catálogo da VONDER. Desde o início, as ferramentas acionadas por motores não devem se limitar a movimentos giratórios, que podem ser alternados para movimentos harmônicos, o que explica as ferramentas vibratórias, caso dos marteletes e das serras tico-tico. Estas últimas substituem com grande perfeição serrotes e arcos de serra, num vai-e-vem executado em alta velocidade, proporcionando elevada energia de corte, exigindo do operador apenas o trabalho de direcionar o equipamento.
Com impacto ou sem?
As furadeiras de impacto são equipamentos de uso geral, atendendo a aplicações domésticas, além de instalações, reparos ou manutenções profissionais, em atividades, como: construção civil, oficinas automotivas, marcenaria, entre outras. Embora muito robustas, as furadeiras com opção de impacto e inversão de rotação não visam aplicações precisas, uma vez que seus mancais são justamente sujeitos a vibrações e impactos durante a perfuração de concreto. São, no entanto, uma imensa evolução na arte de trabalhar o concreto e a alvenaria, resultando em enorme ganho de velocidade e de precisão em relação à opção “sem impacto”.
Furadeiras sem impacto, igualmente fabricadas pela VONDER, podem, por outro lado, dispor de embuchamentos (mancais) preservados, ajustados, proporcionando vibração menor durante a rotação, adequando-se melhor a trabalhos de usinagem manual de componentes.
Ferramentas a bateria
A operação com baterias veio atender à necessidade de autonomia. Nem todos os locais dispõem de rede elétrica, sem falar de problemas de tensão, 110, 127, ou 220 V, e frequência (50 ou 60 Hz). Existentes há poucas décadas, evoluíram com baterias de corrente e autonomia altas, bem como com transistores de potência MOS, base das modernas fontes chaveadas: proporcionaram dispositivos de alta eficiência, possibilitando simular internamente tensões alternadas mono ou trifásicas, controle de velocidade no gatilho e inversão de sentido de rotação. A flexibilidade evoluiu com as baterias em cartucho, viabilizando a substituição rápida: enquanto uma bateria gera trabalho, outras podem estar em processo de carga; acabando a energia na bateria operante, a inversão com uma bateria carregada pode ser feita quase imediatamente.
Brocas
São ferramentas engenhosas, dotadas de pontas cortantes, que produzem cavidades cilíndricas; enquanto suas pontas cortantes giram e recortam cavacos do material em processo, as canaletas helicoidais acomodam os cavacos já recortados e, à medida que o material é recortado, forma-se uma vazão que expulsa e afasta os resíduos recortados para fora do cilindro. A totalidade das brocas, oferecida pela VONDER, funciona deste modo.